domingo, 14 de junho de 2015

A volta do Disco de Vinil

Comércio especializado de vinil dá volta por cima com vendas até 30% maiores




O som da agulha dançando pelas ranhuras do disco – aquele chiado característico –, há tempos não se fazia ouvir em muitas casas. Era coisa de colecionador. Em plena era da música digital, hoje, com a facilidade de fazer download das obras de vários artistas até mesmo gratuitamente, o vinil virou o jogo e, agora, é visto até mesmo como um bom negócio. Em Belo Horizonte, lojas do ramo registram aumento de até 30% nas vendas. Os bons ventos impulsionaram, também, o comércio dos toca-discos, que, em alguns locais, já cresceu 90% no último ano. Obedecendo à lei da oferta e da procura, os preços do bolachão mais do que duplicaram e, se um disco nacional antigo custava em média R$ 30 há três anos, hoje, já é encontrado por R$ 70. Para os aficionados, um LP internacional pode custar a bagatela de R$ 3mil.

Com a volta desse antigo mercado, quem passou, na década de 90, a vender somente os CDs decidiu dividir as prateleiras para reforçar o lucro. Aquele produto que era encarado como algo do tempo dos avós tornou-se mercadoria ‘cult’ e valorizada por quem gosta de um bom som.

A reviravolta foi observada em outros países. Estimativas internacionais dão conta de que as vendas do vinil têm crescido no mundo, enquanto o comércio de CDs despenca a cada ano. Nos Estados Unidos, por exemplo, a venda do bolachão aumentou 40%. No primeiro semestre de 2014, foram comercializados 4 milhões de LPs no país, sendo que, em 2013, no mesmo período, 2,9 milhões de vinis haviam sido comercializados, conforme pesquisa da consultoria Nielsen Soundscan.

Na ponta do lápis, esse lado B do segmento tem lá sua lógica. Segundo os últimos dados da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (Abpd), em 2013, o mercado da música digital cresceu 22,39% em relação a 2012, impulsionado, principalmente, pelo expressiva alta de 87,15% nas receitas decorrentes dos downloads de faixas avulsas e álbuns completos feitos pela internet. No entanto, esse resultado não foi suficiente para compensar a queda nas vendas de música em formatos físicos (CDs, DVDs, etc) pelo segundo ano consecutivo no Brasil.


Fonte: em.com

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