terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pode chegar a R$ 500 milhões a indenização por morte do cantor João Paulo


A dupla acabou em 12 de setembro de 1997, quando João Paulo morreu carbonizado vítima do acidente automobilístico. Daniel seguiu carreira solo.

Dezesseis anos após o acidente automobilístico que matou o cantor João Paulo, a Justiça de São Paulo condenou, na semana passada, a BMW a pagar reparação por dano moral e pensionamento para a mulher e a filha do artista. A vítima conduzia um carro da empresa alemã quando perdeu o controle e capotou na Rodovia dos Bandeirantes.
João Paulo formava dupla sertaneja com o cantor Daniel e morreu em pleno auge da carreira. A família acusou a BMW de falha: o pneu dianteiro direito do automóvel, modelo 328i teria estourado e feito o artista perder o controle, capotar e ter o veículo carbonizado.
A sentença foi proferida pelo juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, da 4.ª Vara Cível de São Paulo. Foi revertida a visão anterior do julgado que, em 2003, havia exonerado a BMW de responsabilidade civil no caso.
O julgado monocrático anterior fora desconstituído pelo TJ-SP para que a instrução seguisse com a realização de perícia técnica.
A nova sentença apontou a culpa da empresa e fixou a indenização por dano moral em R$ 150 mil para cada parte autora – mulher e filha – e pagamento de pensão de dois terços da renda média do cantor na época do acidente. Os valores terão correção monetária e juros legais.
Estudos técnicos foram conduzidos para verificar a possilidade. “Não há como se descartar a possibilidade de defeito atribuído à fabricação da roda, do pneu ou do sistema de roda/pneu (…) que constituiu a causa inicial do acidente” – afirma a sentença.
Mesmo com o julgado favorável, o advogado Edilberto Acacio da Silva, que representa a família do cantor, disse estar decepcionado com a demora na tramitação do processo. “Justiça que tarda não é Justiça. Compartilho dessa filosofia. A vitória não é saborosa nesse caso”, disse. O advogado estima que o recurso de apelação possa levar cerca de três anos para ser apreciado no TJ-SP.
Para Edilberto, o valor a ser pago pela empresa à família poderá ser milionário. O advogado fez estimativas de que a pensão, retroativamente a setembro de 1997, poderá chegar a aproximadamente R$ 500 milhões, ante as estimativas de ganhos do cantor João Paulo no ano do acidente. A conta, no entanto, só será paga caso a condenação seja mantida pela Corte paulista. (Proc. nº 0103573-20.2002.8.26.0100).
Movimento Coutry

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